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Arte & Cultura, ênfase em Literatura

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Leia, reflita e vivencie 05/05

Encontroculturaldf@hotmail.com

NOTÍCIAS – CINEMA – FRASES CULTURAIS

“Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.” Monteiro Lobato

Notícias

Qual o impacto do jornalismo na sociedade?

Quais os efeitos da imprensa nos dias atuais? A resposta, embora complexa, encontra ambiente oportuno para reflexão nesta semana em que se comemoram os 200 anos do primeiro jornal brasileiro, o Correio Braziliense. Dando continuação ao ciclo de debates A Imprensa discute a Imprensa, o periódico bicentenário, em parceria com a Associação dos Servidores da Imprensa Nacional (Asdin), realiza palestra especial cujo tema é Correio Braziliense: 200 anos – A importância da imprensa e seu impacto na sociedade atual. Marcado para a próxima quinta-feira, dia 29, o encontro usará a trajetória do Correio Braziliense para discutir eventos marcantes da imprensa brasileira, na tentativa compreender sua importância nesses 200 anos. O horário: às 19h. E o local: o auditório Dom João VI, localizado na sede da Imprensa Nacional, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). A entrada é franca.
O conferencista da noite será o professor de Ética da Comunicação e representante da Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra no Brasil, Carlos Alberto Di Franco. E o debate ficará por conta do diretor de Conteúdo do jornal O Estado de S. Paulo, Ricardo Gandour, e do vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Abril, Sidnei Basile. Veterano do jornalismo, professor e autor de vários livros, Basile conviveu, por exemplo, com o cerceamento da informação na Folha de S. Paulo e na Gazeta Mercantil. E é sobre a construção da liberdade de expressão que o setor desfruta hoje que ele tratará no encontro.
Sobre o tema, Basile diz que o Correio Braziliense foi um bom começo, já que se tratava de um canal que dava voz a “anseios muito intensos, como o desejo de independência política”, pontua. Mas para o jornalista, nestes tempos em que a discussão gira em torna da morte ou não da Lei da Imprensa (o mérito da norma deverá ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal até o mês de julho), importa agora decidir o que fazer com essa independência. “Se não fizermos nada, podemos perder o que conquistamos”, defende.
Isenção
O debate avança à medida que a liberdade deve ser balizada pela boa fé, construída a partir de códigos de conduta, a serem definidos nas redações, prega. “A isenção deve ser um valor”, opina. A mediação ficará a cargo do diretor-geral da Imprensa Nacional Fernando Tolentino de Sousa Vieira e do diretor de Redação do Correio Braziliense e do Estado de Minas, Josemar Gimenez.
Nascido do ideal de Hipólito José da Costa em ver um país independente, o Correio Braziliense saiu da oficina de W. Lewis e começou a circular em Londes, em 1º de junho de 1808. Hipólito, nos seus artigos, posicionava-se sobre os grandes problemas nacionais e criticava os atos de Dom João VI que iam contra o progresso do Brasil. Com a independência, o nosso primeiro jornalista dá por encerrada a sua missão e o periódico pára de circular em dezembro de 1822.
Mas até ser extinto por seu criador, o jornal doutrinário influenciou pessoas e opiniões. Proibido de circular no Brasil e em Portugal por imposição da Coroa portuguesa que cerceava a imprensa livre, o Correio viajava nos porões dos navios e chegava, de forma clandestina, às mãos dos poucos brasileiros que sabiam ler.
O tempo passou, mas nem por isso o jornal, com o seu ressurgimento proposto na década de 1960 por Assis Chateaubriand para nomear o primeiro periódico da capital da República, deixou de lado os ideais do primeiro jornalista brasileiro. Ao contrário: cada vez mais o Correio se consolida na defesa da preservação da cidade tombada como Patrimônio da Humanidade e em assuntos de interesses público como campanhas de cidadania que combatem a violência no trânsito.

CPI dos Cemitérios - Caixões são reaproveitados

Um galpão repleto de caixões usados à espera de reparos é mais um indício grave de que no Distrito Federal anda difícil descansar em paz depois da morte. Trinta e duas urnas foram encontradas na tarde de ontem numa marcenaria em Santa Maria prontas para serem restauradas. As marcas de sangue, a serragem, as sobras de algodões indicam que as mesmas foram usadas. Restos de cimento, de tinta e de terra apontam que esses caixões podem ter sido retirados de dentro dos túmulos. A Polícia Civil isolou o lugar e vai abrir um inquérito para investigar o caso.

Os caixões estão no depósito em Santa Maria desde a última sexta-feira. Já era noite, quando duas pessoas chegaram à marcenaria com o carregamento. O material foi deixado na oficina de Jurandir Alves Feitosa, que abriu o estabelecimento com o único objetivo de receber a entrega. Uma denúncia levou integrantes da CPI dos Cemitérios a fazerem uma inspeção na loja. Por volta das 15h, os técnicos chegaram ao local. Cada urna desempilhada tinha um vestígio de suposta irregularidade. Quase todas estavam sujas de sangue. Em algumas delas havia serragem e algodões, produtos usados para a conservação dos corpos. Era possível sentir o cheiro de flores da ornamentação misturado ainda ao formol.
A primeira impressão motivou a CPI a chamar a Polícia Civil. Pouco depois das 16h, três funcionários da 33ª Delegacia de Polícia e o delegado de plantão Carlos Augusto Machado Carneiro vistoriaram o lugar. Dali mesmo, o policial decretou a abertura de um inquérito. “Tudo indica que esses caixões chegaram a ser enterrados e seriam recuperados”, disse Carlos Augusto. Alguns indícios eram aparentes. Determinadas urnas estavam sujas de terra, cimento e tinham gotas de tinta. De acordo com os investigadores, os elementos sugerem que elas já estiveram debaixo da terra. Entre os crimes possíveis, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de furto
e de interceptação ilegal.

Estudo mostra aprovação internacional de pesquisas

De um grupo de 25 países com capacidade semelhante ou superior à do Brasil na área científica, 24 permitem a pesquisa com células-tronco de embriões humanos. Alguns têm lei específica para o assunto. Outros disciplinam o trabalho dos cientistas apenas com resoluções de comitês de ética. Das nações analisadas, a Itália é a única que proíbe esse tipo de estudo. Os dados inéditos, que fazem parte de um levantamento financiado pelo Ministério da Saúde, foram entregues ontem aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A idéia é convencê-los a votarem contra a ação que questiona as pesquisas com embriões no país e tenta proibi-las. O julgamento, considerado histórico por envolver convicções religiosas e aspectos éticos, está marcado para amanhã.

De acordo com a antropóloga Débora Diniz, que coordenou o estudo, intitulado Pesquisa com células-tronco embrionárias: 25 países, o levantamento tem poder de convencimento porque mostra a tendência legislativa internacional em favor dos experimentos com embriões. “Veja que até mesmo nações fortemente religiosas, como Irã e Israel, trabalham com esses estudos. Apenas a Itália, onde fica a sede da Igreja Católica, proíbe. Esperamos que o STF reafirme o caráter laico do nosso Estado nesse julgamento”, diz a pesquisadora do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (Anis).

Cláudia Maria de Castro Batista, pós-doutora em neurociências e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, discorda da necessidade de seguir o padrão internacional. Ela destaca que países como Japão e Canadá têm abandonado as pesquisas com embriões por considerá-las inviáveis. “Quanto dinheiro teremos que gastar para saber o que as nações mais ricas já descobriram: que é impossível fazer terapia com célula-tronco embrionária? Esse material se comporta de forma caótica, é praticamente impossível controlá-lo fora de um laboratório”, sustenta a pesquisadora.
Os critérios para escolher os 25 países abordados na pesquisa, que durou dois meses, foram o nível de conhecimento científico publicado internacionalmente, a representatividade populacional, o número de registro de patentes e a ocorrência de seis grandes grupos religiosos, como protestantes, católicos e hindus. “Vimos que muitos países permitem a pesquisa sem que tenha havido sequer debates legislativos, a exemplo de Portugal, Índia e China. Eles regulam com resoluções ou pareceres. Um país como Israel tem uma legislação absolutamente de vanguarda nesse assunto”, conta Débora.
Para o juiz Roberval Belinati, desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e membro da Comissão de Juristas Católicos da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o documento não deve ser considerado pelo ministros. “É uma falsa idéia de desenvolvimento o que esse estudo passa. Temos que lembrar que os embriões são vidas humanas e não podem ter esse direito violado”, diz o magistrado.
Hoje, grupos religiosos, entre eles católicos e espíritas, farão um ato de protesto em frente ao STF, pedindo que a Corte proíba os estudos com embriões. Até agora, votaram os ministros Carlos Ayres Britto e Ellen Gracie, ambos favoráveis às pesquisas. Celso de Mello adiantou voto semelhante. Do ministro Carlos Alberto Direito, que pediu vista do processo, espera-se um voto contrário amanhã. O posicionamento dos sete ministros restantes continua uma incógnita.

A honra é toda nossa

Dos 104 indicados ao Prêmio Tim de Música em 16 categorias, somente um subirá a escadaria do Theatro Municipal do Rio de Janeiro na noite da próxima quarta-feira com a certeza de troféu conquistado: Paulinho da Viola. Participando pela primeira vez do evento, o cantor e compositor carioca tem assegurada a melhor canção, por ser autor das três concorrentes: Bela manhã, Talismã e Vai dizer ao vento.
Paulinho é recordista de indicações na sexta edição do Tim, com o álbum Acústico MTV. Disputa três prêmios na categoria samba: com Arlindo Cruz (Samba perfeito) e Luiz Melodia (Exaltação Melodia), melhor disco; com Jair Rodrigues e Luiz Melodia, melhor cantor; e com 14 artistas, entre os quais Caetano Veloso, Jorge Ben Jor, Martinho da Vila, Djavan e Lulu Santos, melhor cantor pelo voto popular.
“Recebi essas indicações como uma honraria. Me sinto recompensado pelo reconhecimento do Acústico MTV, que me trouxe muita satisfação. Não se trata de trabalho individual. Para chegar ao resultado obtido, contei com a importante colaboração do pessoal da produção, dos músicos que me acompanharam e com a competência e o talento do Cristovão Bastos na criação dos arranjos”, comenta Paulinho em tom de agradecimento.
“Fiquei feliz e envaidecido quando o Zé Maurício Machline me ligou para comunicar que eu estava indicado para todas essas categorias logo na primeira vez em que vou concorrer. Havia conquistado anteriormente o Prêmio Sharp (que deu origem ao Tim) pelo CD Eu canto samba”, lembra. “Com o Acústico MTV fui escolhido, em 2007, melhor cantor pelos jurados da Associação Paulista de Críticos de Arte”, comemora.
O sambista não chegou a se surpreender quando, no começo do ano passado, foi convidado para gravar o Acústico MTV. “Eu já havia tido contatos anteriores com a MTV. Participei de uma das premiações do Vídeo Music Brasil. E, há algum tempo, vinha percebendo o surgimento de uma visão mais aberta da emissora, conhecida por abrir espaço prioritariamente para o pop rock. Isso ficou claro depois dos CDs e DVDs gravados com o Zeca Pagodinho”, afirma.
Com inteira liberdade para propor o que gostaria de fazer, Paulinho elaborou o repertório, os arranjos de base, e criou o roteiro. A única sugestão feita pela Sony BMG, parceira da MTV no projeto, foi a inclusão de Nervos de aço (Lupicínio Rodrigues). Ele, porém, precisou adequar-se ao formato do acústico, que pedia 15 sucessos e cinco inéditas.
“Como estava me preparando para gravar um disco de inéditas, essa parte não chegou a ser problema. Eu tinha algumas músicas compostas, entre elas Bela manhã e Vai dizer ao vento, além de Ainda mais, que fiz com Eduardo Gudin, e Talismã, parceria com Arnaldo Antunes e Marisa Monte”, observa. No repertório, foram incluídos clássicos da obra de Paulinho, como Foi um rio que passou em minha vida, Sinal fechado, Argumento, Coração leviano, Onde a dor não tem razão, Dança da solidão, Coisas do mundo, minha nega e Pecado capital. CorBr 23.05

Música - Áurea Martins canta seu repertório noturno

Cantando sambas na animada Lapa carioca, nos últimos sete anos, Áurea Martins foi descoberta ou redescoberta por muita gente. Mas sua carreira está mais ligada a enfumaçadas casas que nem existem mais na zona sul do Rio, e onde suas fãs e mestras Elizeth Cardoso e Zezé Gonzaga iam vê-la cantar boleros e sambas-canções.
"Até Sangrar", apenas seu terceiro disco em quase 68 anos de vida (completa em junho) e 45 de profissão, é um trabalho "de noite", cheio de Lupicinios e Heriveltos, fazendo jus ao domínio que tem do repertório cuidado-com-os-pulsos. "Não me incomoda ser chamada de cantora da noite. As maiores oportunidades que eu tive foram na noite, que me ensinou até onde ir como artista.
O lado ruim é que se engole muita fumaça e as pessoas ficam conversando enquanto você canta. Fui me acostumando, mas não quero mais", diz ela.
O CD foi produzido por Herminio Bello de Carvalho, que também escolheu as músicas ao lado do pianista Zé-Maria Rocha, acompanhante de Áurea há décadas. É desaconselhável para cardíacos: "Ilusão à Toa" (Johnny Alf), "Pensando em Ti" (Herivelto Martins/David Nasser), "Há um Deus" (Lupicinio Rodrigues), "Ocultei" (Ary Barroso), "Molambo" (Jaime Florence/Augusto Mesquita), "Volta" (Lupicinio) e mais 15 canções, algumas agrupadas em medleys.
"Umas coisas sangram o coração, mas não chega a ser um disco triste. Eu dou uma interpretação forte, para não ficar muito para baixo. Depende também do estado de espírito de quem ouve", avisa ela, que gravou até "Nada por Mim" (Herbert Vianna/Paula Toller).
Sem atenção
Foi nos anos 80 que, ouvindo-a cantar "Embarcação" (música de Francis Hime e Chico Buarque que fecha o CD), Herminio encantou-se com Áurea. Mas só agora o desejo de produzir um disco se realizou, após ela ter feito um caprichado (em 1972, com Tamba Trio e Paulo Mendes Campos), mas que não decolou, e um outro (2003) aquém de seu talento.
"Nunca prestaram muita atenção em mim. Ficava meio sentida, achando até que era preconceito racial. Mas não acho mais isso", diz Áurea.
Nascida em Campo Grande (zona oeste do Rio), ela cresceu ouvindo música: a avó tocava banjo, o pai era violonista, um tio se chamava João Clarinete, o outro tocava saxofone, a mãe cantava no coral da igreja e o irmão compõe. Virou crooner cedo, apesar do temor materno.
"Na minha família, para ser músico, era preciso ter um emprego", conta. Acabou fazendo concurso para inspetora de colégio e foi trabalhar com a avançada educadora Henriette Amado. "Ela me chamava no gabinete para eu cantar. Quando ela teve de sair por causa da ditadura [em 1971], saí também e fui viver de música", conta.
Na noite, Áurea dividiu o palco com o novato Djavan e conheceu Alcione e Emílio Santiago -que participam do CD, assim como João Donato e Francis Hime. Nos anos 2000, quando poderia ruir junto com a antiga noite carioca, virou a decana das cantoras da Lapa. "Ganhei uma certa modernidade de interpretação", diz ela, que ainda integra a Orquestra Lunar, formada por mulheres.

ATÉ SANGRAR
Artista: Áurea Martins
Gravadora: Biscoito Fino
Quanto: R$ 30, em média FSP 23.05

XODÓ DA MÚSICA

O cantor, compositor e sanfoneiro pernambucano Dominguinhos, autor de sucessos como "Eu Só Quero um Xodó", é o homenageado do Prêmio Tim de Música, que acontece na semana que vem no Rio; ele também concorre nas categorias melhor disco regional e melhor solista, pelo álbum "Dominguinhos & Yamandu", que gravou em parceria com o violonista Yamandu Costa FSP 23.05

Inglaterra poderá fazer vinho "francês" em 2080

O aumento da temperatura do verão pode repercutir negativamente em algumas partes do sul da Inglaterra, que ficarão quentes demais em 2080 para produzir a variedade de uva para vinhos que o país cultiva hoje. Com o aquecimento global, porém, os ingleses poderão cultivar uvas merlot e cabernet sauvignon, hoje só plantadas em lugares de clima compatível com o do sul da França. FSP 26.05

No país, combate à homofobia tem pouco apoio legal

Tema da festa de ontem na av. Paulista, o combate à homofobia deu um passo importante há dois anos com a criação de um centro de referência na cidade para quem se sente vítima desse tipo de preconceito.
Mas a aprovação de uma legislação que criminalize a prática, reivindicação central da comunidade GLBT, está bem longe de se concretizar no país.
Dois projetos do gênero tramitam no Congresso Nacional, um na Câmara dos Deputados e outro no Senado. Ambos estão parados pelo lobby religioso.
Em São Paulo, uma lei estadual, de 2001, deu alento a movimentos que atuam na área. Seu alcance, no entanto, é limitado: prevê advertência, multa ou, em caso extremo, cassação do alvará de estabelecimentos comerciais que discriminem pessoas pela sua opção sexual.
Desde a sua criação, após uma parceria entre a prefeitura e o governo federal, em junho de 2006, o centro encaminhou 22 casos que se transformaram em processo administrativo. Em quatro, houve advertência de estabelecimentos. Os outros casos estão em andamento ou em fase de recurso.
São Paulo também tem, desde março, um Centro de Diversidade, que atende homossexuais e travestis vítimas de violência. FSP 26.05

“O estilo pode ser muito claro e muito alto. Tão claro que o entendam os que não sabem. E tão alto que tenham muito que entender os que sabem.” Padre Antônio Vieira

Cinema

Unidade latino-americana em Che
Cannes
– Mexicano, brasileiro, colombiano, cubano, norte-americanos. O elenco de Che, filme de Steven Soderbergh, que compete à Palma de Ouro, promove mistura de nacionalidades capaz de deixar o próprio Guevara orgulhoso. “Este também era o sonho dele: todos esses atores trabalhando juntos no meio da selva”, lembrou Rodrigo Santoro, responsável por dar vida na tela ao atual presidente cubano, Raúl Castro. Um dia após a sessão, o longa gerou comentários controversos nos bastidores do festival. Enquanto alguns apostam que o projeto em espanhol de Soderbergh está na frente na disputa pelo prêmio, outros acham que as quatro horas e meia de projeção são exageradas.
A idéia inicial de Che era que fosse dividido – e exibido separadamente – em dois filmes, O argentino e Guerrilha, o que não foi posto em prática em Cannes. Se a primeira parte se centra mais na formação do guerrilheiro, a segunda investe na revolução em si. E elas foram exibidas juntas, apenas com um intervalo – com direito a lanchinho. A criação de Soderbergh não chega a ser didática, mas serve como aula de história, já que, de certa maneira, traduz para uma geração acostumada a ver Che Guevara estampado em camisetas quem foi esse homem, por que foi parar em Cuba.
“Che participou da revolução cubana, mas, como personagem, sempre me interessou mais. Che tem uma das mentes mais brilhantes do século”, elogiou o diretor. Mesmo o personagem sendo a máquina do filme, não há como deixar de retratar figuras como Fidel e Raúl Castro e outras presentes no movimento. Trabalhar com personagens reais é sempre um desafio de interpretação e, para Benício del Toro, não foi diferente. “Lemos muito, conhecemos pessoas ligadas a ele, trabalhamos com fotografia. Eu não conhecia muito sobre o Che e, quando era criança, tinha a imagem dele ligada a um cara do mal”, lembra o mexicano.
Para criar Raúl Castro, Rodrigo Santoro também investiu na pesquisa. “É delicado fazer uma pessoa que todo mundo conhece. O que fiz foi tentar encontrar aquele cara jovem, as idéias dele. Fui para Cuba, visitei tudo o que pude”, conta.
Apesar de ter sido dirigido por um americano que já comandou projetos comerciais como Treze homens e outros segredos, Che é falado em espanhol por decisão de Soderbergh. E, como a produção reúne múltiplas nacionalidades, o desafio foi unificar os sotaques. “É impressionante como eles foram cuidadosos com isso. O espanhol é a minha língua materna, mas a maneira como falo é completamente diferente de como falam os cubanos. Todos trabalhamos para falar o ‘cubano’ perfeito”, ressaltou a colombiana Catalina Sandino Moreno, protagonista de Maria cheia de graça. CorBr 23.05

Até 22/06 "Os Caminhos de Fayga Ostrower" Terça a domingo de 19 a 21 h. presta uma homenagem à artista plástica e educadora ao apresentar 116 obras, entre xilogravuras, litografias, serigrafias, gravuras em metal, desenhos e aquarelas.

MAI/JUN/JUL/08 CINEMA - Relações com o conhecimento
O título do ciclo de palestras que será apresentado na Livraria Sebinho por 12 quartas-feiras consecutivas a partir de hoje foi escolhido pelo cineasta, escritor, músico e organizador do evento Renato Cunha, numa referência ao dodecafonismo musical. Nesse tipo de composição, nenhuma nota musical se sobrepõe às demais.

Todas as sessões às 19h, na Livraria Sebinho (406 Norte, Bl.C Lj. 14; 3447-4444). Inscrições: www.sebinho.com.br
Dia 28, Filosofia e Cinema, com Júlio Cabrera – Peixe grande e suas histórias maravilhosas, de Tim Burton
4 de junho, Literatura e Cinema, com Elizabeth Hazin – Desejo e reparação, de Joe Wright
11 de junho, Psicanálise e Cinema, com Tânia Rivera – La jetée, de Chris Marker
18 de junho, Educação e Cinema, com Laura Maria Coutinho – Asas do desejo, de Wim Wenders
25 de junho, Arquitetura e Cinema, com Sylvia Ficher – The fountainhead, de King Vidor
2 de julho, História e Cinema, com Regina Aggio – Adeus, Lenin!, de Wolfgang Becker
9 de julho, Artes Visuais e Cinema, com Elyeser Szturm – Identidade de nós mesmos, de Wim Wenders
16 de julho, Antropologia e Cinema, com Ariana Timbó Mota – Nanook of the North, de Robert Flaherty
23 de julho, Política e Cinema, com Ricardo Caldas – Z, de Costa-Gavras CorBr 07.05

28/05 Mais uma vez o projeto "Jogo de Cena" traz ao palco do Teatro da Caixa o bom gosto e a autenticidade da cultura brasiliense. Os atores Welder Rodrigues e Ricardo Pipo comandam a noite e garantem o bom humor e muitas gargalhadas no dia 28 de maio, às 20h30.

31/05 Cinema - A relação entre o cinema noir e as obras de Quentin Tarantino. Com Mauro Baptista Vedia, doutor pela Universidade de São Paulo. Dia 31, às 20h30, no Centro Cultural Banco do Brasil. Informações: 3310-7087. CorBr 28.05

“Conhecer a diferença é aprender a respeitá-la.”

Adotem um local para expor esta resenha, seja no seu Condomínio, seja numa escolinha, mercearia, cabeleireiro, farmácia, açougue, padaria, sua própria casa, em fim qualquer lugar de acesso ao público. EQUIPE ENCONTRO CULTURAL

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NOTÍCIAS – CINEMA

Apostar na cultura pode ser um bom negócio.

05/05

FIM 28.05.2008 - Quarta

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