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Arte & Cultura, ênfase em Literatura

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Leia, reflita e vivencie 05/05

Encontroculturaldf@hotmail.com

NOTÍCIAS – CINEMA – FRASES CULTURAIS

“Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.” Monteiro Lobato

Notícias

UE e ONGs estão pessimistas com resultados de reunião em Mianmar
Os
delegados europeus e as ONGs esperam poucos resultados da conferência de doadores realizada neste domingo em Yangun, com a participação do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para analisar a reconstrução de Mianmar (antiga Birmânia), após a devastadora passagem do ciclone "Nargis".
Fontes diplomáticas européias consultadas pela Agência Efe na antiga capital birmanesa asseguraram que o encontro será aproveitado pela Junta Militar para "lavarem sua imagem" internacionalmente. As mesmas fontes disseram que a Junta Militar, que se comprometeu a deixar os voluntários estrangeiros entrarem no delta do rio Irrawaddy, não fará mais concessões e insistirá em dirigir sua maneira a catástrofe, como fez até agora.
O chefe da Junta Militar, o general Than Shwe, se comprometeu com o secretário-geral da ONU, que hoje nas primeiras horas retornou a Yangun de Bangcoc, a desbloquear a entrada de voluntários estrangeiros e da ajuda humanitária internacional.
No entanto, um representante da Unicef, que trabalha em Mianmar desde 1950, advertiu que adotar uma postura dura demais frente aos generais os levará a reafirmarem suas suspeitas das intenções reais da comunidade internacional, à qual acusaram de querer interferir em seus assuntos domésticos. JdeBr 25.05

Agências reguladoras e o Poder Judiciário

EM 2007 , o Congresso aprovou 198 leis. Em compensação, apenas três das principais agências reguladoras produziram 1.965 resoluções. A Agência Nacional de Energia Elétrica editou 635, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, 726, e a Agência Nacional de Águas, 604. Mesmo sem considerar resoluções das outras sete agências federais (Anvisa, ANS, Ancine, Anatel, ANP, Antaq e Anac), são quase nove vezes mais atos normativos.
Nos Estados, o cenário se repete. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a AGERGS produziu 580 resoluções, enquanto a Assembléia Legislativa gaúcha elaborou 188 leis. Existem agências em 19 Estados e também no Distrito Federal. Em alguns, mais de uma, como São Paulo e Rio.
É bem verdade que leis produzidas pelos Legislativos e resoluções editadas pelas agências reguladoras são normas diferentes. Estas nem sempre geram direitos e deveres para os regulados e consumidores e obrigam apenas certos setores: energia elétrica, transportes terrestres, telecomunicações, saúde suplementar etc. Mas, devido à progressiva universalização dos serviços regulados, essas agências tendem a influenciar o orçamento e o quotidiano de todos os brasileiros.
O pressuposto para a existência de qualquer agência e suas múltiplas normas é que viabilizem um melhor serviço público para a população. Porém, processos judiciais envolvendo esses serviços aumentam mais a cada dia. É crescente a judicialização de casos envolvendo setores regulados.
Permitam dois exemplos sintomáticos. Casos de telefonia já ocupam o terceiro lugar entre as maiores demandas que chegam ao STF com preliminar de repercussão geral. Atrás apenas de casos envolvendo servidores públicos e militares, execuções fiscais e outras questões tributárias. No Rio, nos juizados especiais, empresas reguladas -de telefonia, energia, planos de saúde e outras- são os maiores demandados. O que se repete em quase todos os Estados.
É razoável, pois, perguntar: têm as agências alguma responsabilidade ou contribuição a dar diante da crescente judicialização? Agências são indispensáveis. Vieram para ficar. Mas esses são os primeiros dez anos de sua atuação. Multiplicação de normas que não asseguram a qualidade do serviço multiplica conflitos. Aumenta, exponencialmente, a demanda pelo Judiciário. Se continuar assim, não haverá juízes, varas, serventuários, Judiciário suficientes. Com ou sem reforma. Conter essa demanda judicial é preciso.
Sempre que se pensa em reformar a administração pública -agências reguladoras, reformas fiscais, previdenciárias, política etc.-, concentra-se apenas no Poder Executivo. Mas é preciso planejar, também, o impacto provável dessas reformas na gestão judicial, aspecto quase sempre menosprezado. É como se nada do que o Executivo e o Congresso criassem impactasse a administração da Justiça.
Impacta, sim. Estamos vendo, claramente visto. Vide planos econômicos. Será esse modelo de reforma da administração, que desconhece os impactos na gestão da Justiça, um destino?
Acredito que não. As agências poderiam propor que as concessionárias, além de tradicionais departamentos jurídicos, criassem departamentos de conciliação. Diques autônomos, contendores de demandas, que evitem a cultura, ainda dominante, de tudo judicializar. Reduziria o conflito entre concessionárias e consumidores.
Tão importante quanto controlar os preços e a qualidade tecnológica dos serviços seria criar um índice que medisse o grau de litigiosidade dos serviços regulados. Esse índice revelaria o grau de insatisfação com o serviço e a exasperação do público. Ultrapassado certo nível, haveria maior controle e, se necessário, multa.
Outra maneira de prevenir litigiosidade é aumentar a representatividade das resoluções das agências para que regulem o interesse de todos: agências, concessionárias e usuários. Normas de caráter "reflexivo", diz Sérgio Guerra, que reflitam os interesses abrangentes da sociedade. Multi, e não uni ou bilaterais.
Consultas públicas e transparência são práticas positivas, mas ainda insuficientes. A tecnicalidade das questões e os recursos para contratar bons consultores e advogados fazem os legítimos lobbies econômicos mais presentes na produção da regulação.
O consumidor vai sentir essa desigualdade não quando da implementação do serviço, mas em casa, na conta e no voto. Daí a importância de as agências corrigirem falhas de mercado geradas pela interação desigual entre agentes econômicos, lembra Marcelo Lennertz. Aperfeiçoar é preciso para que as agências tenham credibilidade diante do público.

JOAQUIM FALCÃO , 64, mestre em direito pela Universidade Harvard (EUA) e doutor em educação pela Universidade de Genebra (Suíça), professor de direito constitucional e diretor da Escola de Direito da FGV-RJ, é membro do Conselho Nacional de Justiça. FSP 25.05

“O estilo pode ser muito claro e muito alto. Tão claro que o entendam os que não sabem. E tão alto que tenham muito que entender os que sabem.” Padre Antônio Vieira

Cinema

Estréia de ouro - Cannes – A protagonista de Linha de passe, a brasileira Sandra Coverloni, ganhou o prêmio de melhor atriz do 61º Festival de Cannes. Foi seu primeiro filme, no qual interpreta a mãe de quatro adolescentes que tentam reinventar suas vidas na periferia de São Paulo. Como Sandra não estava em Cannes, os diretores Walter Salles e Daniela Thomas receberam o prêmio. Em português, Daniela fez uma homenagem à atriz, que estava grávida, assim como a personagem, mas perdeu o filho havia poucos dias. O prêmio de melhor interpretação masculina foi para Benicio del Toro, que faz Ernesto Che Guevara, em Che, de Steven Soderbergh, enquanto a Palma de Ouro foi para as mãos do diretor francês Laurent Cantet (Entre les murs).
O festival terminou ontem com a exibição de What just happened?, de Barry Levinson, e com Robert DeNiro, Sean Penn, Bruce Willis e John Turturro no elenco. O filme, com um pé na realidade, mostra duas semanas na vida de um produtor de Hollywood (DeNiro), em crise pessoal e profissional.
A exibição do longa de Walter Salles e Daniela Thomas foi marcada por quase 10 minutos de palmas no final da sessão oficial. Nos bastidores, o comentário era de que a obra oferece olhar delicado sobre o cotidiano do Brasil. O elenco é encabeçado pela atriz paulistana Sandra Coverloni, estreante em cinema, mas com carreira consolidada no teatro. Atua no grupo Tapa, no qual também é assistente de direção e professora. No filme, os quatro filhos são interpretados por Vinícius de Oliveira, Kaique Jesus Santos, José Geraldo Rodrigues e João Baldasserini.

Principais prêmios
Palma de Ouro: Entre les murs, do francês Laurent Cantet

Grand Prix: Gomorra, do italiano Matteo Garrone

Prêmio do júri: Il Divo, do italiano Paolo Sorrentino

Melhor atriz: a brasileira Sandra Corveloni (Linha de passe)

Melhor ator: o porto-riquenho Benicio del Toro (Che)

Melhor diretor: o turco Nuri Bilge Ceylan (Three monkeys)

Melhor roteiro: os belgas Jean-Pierre et Luc Dardenne (O silêncio de Lorna)

Palma de Ouro para curta-metragem: Megatron, do romeno Marian Crisan

Câmera de Ouro: Hunger, do inglês Steve McQueen

Prêmio especial do 61º Festival de Cannes: a atriz francesa Catherine Deneuve (Un conte de Noël) e o ator e diretor americano Clint Eastwood (The exchange) CorBr 26.05

Curta brasileiro leva troféu em Cannes

O curta brasileiro "Muro", de Bruno Bezerra, ganhou o troféu Regard Neuf (novo olhar) da Quinzena dos Realizadores, do 61º Festival de Cannes.
Também foram anunciados os vencedores da mostra "Um Certo Olhar". O longa brasileiro "A Festa da Menina Morta", de Matheus Nachtergaele, saiu sem prêmios. O ganhador foi "Tulpan" (Sergey Dvortsevoy, Cazaquistão).
Já o júri da crítica preferiu o australiano "Hunger" (fome), do inglês Steve McQueen. Entre os concorrentes à Palma de Ouro, a crítica escolheu o húngaro "Delta", de Kornél Mundruczó. O júri ecumênico premiou "Adoration" (adoração), do canadense Atom Egoyan. FSP 25.05

Até 22/06 "Os Caminhos de Fayga Ostrower" Terça a domingo de 19 a 21 h. presta uma homenagem à artista plástica e educadora ao apresentar 116 obras, entre xilogravuras, litografias, serigrafias, gravuras em metal, desenhos e aquarelas.

MAI/JUN/JUL/08 CINEMA - Relações com o conhecimento
O título do ciclo de palestras que será apresentado na Livraria Sebinho por 12 quartas-feiras consecutivas a partir de hoje foi escolhido pelo cineasta, escritor, músico e organizador do evento Renato Cunha, numa referência ao dodecafonismo musical. Nesse tipo de composição, nenhuma nota musical se sobrepõe às demais.

Todas as sessões às 19h, na Livraria Sebinho (406 Norte, Bl.C Lj. 14; 3447-4444). Inscrições: www.sebinho.com.br
Dia 28, Filosofia e Cinema, com Júlio Cabrera – Peixe grande e suas histórias maravilhosas, de Tim Burton
4 de junho, Literatura e Cinema, com Elizabeth Hazin – Desejo e reparação, de Joe Wright
11 de junho, Psicanálise e Cinema, com Tânia Rivera – La jetée, de Chris Marker
18 de junho, Educação e Cinema, com Laura Maria Coutinho – Asas do desejo, de Wim Wenders
25 de junho, Arquitetura e Cinema, com Sylvia Ficher – The fountainhead, de King Vidor
2 de julho, História e Cinema, com Regina Aggio – Adeus, Lenin!, de Wolfgang Becker
9 de julho, Artes Visuais e Cinema, com Elyeser Szturm – Identidade de nós mesmos, de Wim Wenders
16 de julho, Antropologia e Cinema, com Ariana Timbó Mota – Nanook of the North, de Robert Flaherty
23 de julho, Política e Cinema, com Ricardo Caldas – Z, de Costa-Gavras CorBr 07.05

27/06 O projeto Teste de Audiência apresenta o filme "Nísia, Paulo e Josué: oficina de memória". Com direção da mineira Tânia Quaresma, a película passa pelo crivo da platéia brasiliense no dia 27 de maio, a partir das 19h30, no Teatro da Caixa.

28/05 Mais uma vez o projeto "Jogo de Cena" traz ao palco do Teatro da Caixa o bom gosto e a autenticidade da cultura brasiliense. Os atores Welder Rodrigues e Ricardo Pipo comandam a noite e garantem o bom humor e muitas gargalhadas no dia 28 de maio, às 20h30.

“Conhecer a diferença é aprender a respeitá-la.”

Adotem um local para expor esta resenha, seja no seu Condomínio, seja numa escolinha, mercearia, cabeleireiro, farmácia, açougue, padaria, sua própria casa, em fim qualquer lugar de acesso ao público. EQUIPE ENCONTRO CULTURAL

Encontroculturaldf@hotmail.com

NOTÍCIAS – CINEMA

Apostar na cultura pode ser um bom negócio.

05/05

FIM 26.05.2008 - Segunda

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