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Arte & Cultura, ênfase em Literatura

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Leia, reflita e vivencie 05/05

Encontroculturaldf@hotmail.com

NOTÍCIAS – CINEMA – FRASES CULTURAIS

``A mãe não pode querer separar o filho do pai. Isso é cruel``
Roberta Palermo, terapeuta

“Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.” Monteiro Lobato

Notícias

Haja fôlego

Reconhecidos pela forma esbelta e hábitos saudáveis, nem mesmo os japoneses escapam das exigências do mercado de trabalho. No país, homens com mais de 85 centímetros de cintura e mulheres que ultrapassaram os 90 são incluídos em um grupo de alto risco desde o mês passado. A medida do governo ainda prevê que as empresas cortem em 10% o número de funcionários acima do peso até 2012. E as companhias que não atingirem a meta que se cuidem: terão de aumentar a contribuição para a previdência desses funcionários em 10%. Já na Europa, são os fumantes que estão no alvo. Por lá, não é raro encontrar países, como a Irlanda, onde as ofertas de emprego advertem os fumantes a não se candidatarem ao processo seletivo. Tudo isso com o apoio da Comissão Européia, que, em convenção recente, decidiu que o ato não é discriminatório.
Por aqui, as restrições não são institucionais e estão longe de serem tão severas. Mesmo que o país tenha 43% da população adulta com excesso de peso, segundo dados do Ministério da Saúde, Márcio Mancini, presidente da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), não acredita que as medidas venham a ser adotadas no Brasil. “Regras como as aplicadas no Japão são muito extremas e jamais terão successo por aqui, visto que não há uma política nacional de combate à obesidade”, explica. Além disso, não encontram apoio na legislação. “A Constituição Federal é clara: não admite qualquer tipo de discriminação seja com quem for”, diz Ana Cláudia Rodrigues Bandeira Monteiro, procuradora do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, que abrange o Distrito Federal e Tocantins. CorBr 04.05

Cinema atual não dispensa a esperteza

O cinema contemporâneo não dispensa a esperteza. Ela pode fazer sentido, como nos filmes de David Lynch. Ou pode servir para compor uma espécie de máscara de originalidade por trás da qual existe... A rigor, não existe nada, embora possa nos fazer exclamar um "oh!" de surpresa e nos fazer sentir inteligentes por participar daquele momento.
"Babel" faz parte dessa categoria. O diretor, Alejandro González Iñárritu, um dos xodós da indústria de cinema mais recente, espalha suas quatro histórias por diferentes espaços, estabelece ligeiros desníveis de tempo, para só depois explicitar os nexos entre as várias narrativas.
Passada a surpresa, passa o efeito da publicidade.
Toda a ginástica narrativa não vale um, digamos, "Assim Caminha a Humanidade", o último James Dean, que George Stevens dirigiu, em 1956, no tempo em que o petróleo era coisa que se achava quase na superfície do mundo. FSP 05.05

Pesquisa inédita revela como vive população de rua

De cada cem pessoas que moram na rua, 71 trabalham e 52 têm pelo menos um parente na cidade onde vivem. A atividade mais freqüente é a coleta de material reciclável e uma significativa parcela considera boa a relação com seus familiares. O trabalho e o vínculo familiar são aspectos que compõem a primeira Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (29/04), em Brasília.

A pesquisa, executada em outubro de 2007, envolveu 71 municípios (23 capitais e 48 cidades com mais de 300 mil habitantes). O levantamento identificou 31.992 pessoas com 18 anos ou mais de idade em situação de rua, o que equivale a 0,061% da população destas localidades. Do total, 72% afirmam que exercem alguma atividade remunerada. A maior parcela (28%) é catadora de materiais recicláveis. A atuação como “flanelinha”, carregador, na construção civil e no setor de limpeza são outros tipos de trabalho mais freqüentes citados por este público. Fonte: Em questão

o preço da devastação - Empregos, renda e o medo da seca

Candiota, Alegrete e São Gabriel (RS) – A expansão das plantações de eucaliptos é vista como a redenção econômica da Metade Sul do Rio Grande do Sul, uma região empobrecida e com poucas oportunidades de emprego. Prefeitos e secretários municipais saúdam os novos investimentos e não parecem preocupados com o possível impacto dessa cultura exótica sobre a fauna e a flora da região.
O secretário do Meio Ambiente de Alegrete (RS), Milton Araújo, não acredita em prejuízos ao meio ambiente. “Eu não acredito, porque a natureza está à disposição da sobrevivência do homem. Nós temos que ter desenvolvimento com responsabilidade ambiental para que possamos cuidar do social. Temos que ter bom senso, mas não existe processo de desenvolvimento empresarial e industrial que não tenha um certo grau poluidor”, diz. A multinacional sueco-finlandesa Stora Enso está comprando terras no município, distante 487km de Porto Alegre.
No município de Candiota (RS), distante 390km da capital, a escassez de água já é apontada como consequência da chegada dos eucaliptos há cerca de três anos. Marciano Rodrigues Santos, dono de um tambo (cultura de leite) ao lado da fazenda Aroeira, da Votorantim, afirma que havia água na sua chácara nos anos anteriores. “Tentaram fazer um açude no ano passado, mas o trator atolava. Agora, com os eucaliptos, secou tudo”. Ele mostra o que era um banhado próximo a sua casa. Está completamente seco. E acrescenta: “Um açude dentro da fazenda (Aroeira) também está secando”. Ele acompanha a reportagem até o açude, que mostra quase todo o seu leito. “Esse açude sempre esteve cheio”, afirma.
Logo após fotografar o açude, o Correio foi abordado pela segurança da fazenda, em duas caminhonetes cabine dupla, e convidado a seguir até a sede. Lá, enquanto esperamos por representantes da Votorantim, observamos o mapa da fazenda, que registra a plantação de 2.234 hectares de eucaliptos e 1.084 de acácia negra. Há, ainda, uma reserva de 1.146 hectares para pecuária e 439 para agricultura. Após uma espera por 40 minutos pelos representantes da empresa, em vão, a viagem continuou, agora para falar com o prefeito de Candiota.
O prefeito Marcelo Gregório (PMDB) destaca a coordenadora do Departamento de Meio Ambiente, Ketleen Grala, para falar sobre as florestas no município. Ketleen é fervorosa defensora do projeto. “Há um ranço em relação ao eucalipto. Se fizerem a floresta muito adensada, como era antigamente, tem problemas. Mas não agora. É um projeto muito bem planejado ambientalmente. Eles deixam 40% da área para preservação ambiental, protegem matas nativas, cursos d’água. Eles plantam para o mercado internacional, precisam de certificado ambiental”, argumenta. Ela acrescenta que o empreendimento gera empregos, novos impostos e vai desenvolver a região conhecida como Metade Sul. Afirma que o município terá um acréscimo de R$ 2,8 milhões em impostos quando começar o corte de eucaliptos.
Empregos
O prefeito de São Gabriel (RS), a 320km de Porto Alegre, Baltazar Balbo Teixeira (PR), está entusiasmado com a chegada da Aracruz ao município. “Eles estão fortalecendo a nossa economia. Já criaram 500 empregos diretos. E também ganham as empresas locais, que transportam trabalhadores para as florestas, fornecem alimentos, fazem a segurança. A região estava com falta de empregos. Isso movimenta a cidade, até o pipoqueiro ganha”. Ele contesta as afirmações de ambientalistas de que a região será transformada em um “deserto verde”. “Isso não me convence. Eles querem plantar 25 mil hectares. Isso representa 5% da área do município”. Questionado sobre os possíveis impactos do eucalipto no meio ambiente, responde: “Não posso falar sobre isso porque não conheço o assunto”.
Balbo informa que todos os proprietários rurais que venderam terras no município eram de fora, não moravam na cidade. Não ficaram para contar por que venderam suas fazendas. A reportagem visitou a fazenda Paraíso, de 2.145 hectares, em Santa Margarida (RS), município que foi desmembrado de São Gabriel. Adão Alves, vizinho da floresta de eucalipto, afirma que o emprendimento já trouxe cerca de 300 empregos, mas para pessoas que moram em São Gabriel. Diz que não há problemas de água na região. “Não tem problema porque é recente, mas se calcula que vão secar mais as terras”, comenta.
Nery Eires, que mora ao lado, afirma que “as águas sumiram, mas isso é normal nesta época”. Para ele, o único problema é que surgiram muitos sorros (predadores de cordeiros). “Para criar cordeiro, só encerrado (confinado)”, lamenta. CorBr 05/05

Entrevista com João Antônio de Lima Esteves

Mercados são mal explorados pelos profissionais de artes cênicas em Brasília e, infelizmente, teatro amador vem perdendo força
Rodrigo Dalcin/UnB Agência
ESTEVES ­ O público do DF sabe ler o espetáculo, compreende a estrutura e, por isso, recebe melhor a peça Rodolfo Borges
DA UNB AGÊNCIA
Espetáculos de teatro produzidos em Brasília têm alcançado sucesso fora da capital nos últimos meses. Peças como Páginas Amarelas, de Kênia Dias, A obscena Senhora D., de Catarina Accioly e William Ferreira, e Adubo ou a sutil arte de escoar pelo ralo, supervisionada por Hugo Rodas, se destacam. O momento parece bom para o teatro brasiliense, mas o dramaturgo e professor de artes cênicas João Antônio de Lima Esteves lembra que o sucesso das produções locais não é novidade. ­ Nós já vivemos vários momentos especiais. Sempre parece que é uma novidade extraordinária ter repercussão fora da cidade, mas não é bem assim ­ ressalva o professor, que foi fundador do Departamento de Artes Cênicas da Universidade de Brasília (UnB). O professor, que ensina teatro há 30 anos, ainda explica que o público brasiliense é reconhecido nacionalmente por gostar de teatro e reclama uma política pública permanente para a dramaturgia brasileira.
O senhor considera que o teatro brasiliense vive um bom momento?
­ Nós já vivemos vários mo- mentos especiais. Sempre parece que é uma novidade extraordinária ter repercussão fora da cidade, mas não é bem assim. No final dos anos 1970, havia um movimento amador extraordinário em Brasília. Nós tínhamos mais de 30 grupos inscritos na Federação de Teatro Amador. Muitas dessas produções tiveram repercussão boa fora de Brasília. Eu mesmo fiz um espetáculo chamado Gra
ça, Bailarina de Jesus, que foi apre-
sentado em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, com críticas bastante elogiosas. O Luis Mendonça, com o
Idança, teve crítica elogiosíssima no
New York Times, um dos maiores jornais do mundo ocidental. Os irmãos Guimarães já têm uma repercussão grande em vários estados brasileiros e há muitos anos o Hugo Rodas exporta espetáculos para vários centros.
O que diferencia o atual tea- tro da cidade dessa geração amadora?
­ Houve uma evolução grande com as escolas de teatro. Antes delas, a gente fazia um teatro amador de muito boa qualidade, mas obviamente que as escolas deram uma base maior para o que a gente faz. Hoje, 90% das produções audiovisuais (publicidade, cinema, vídeo, teatro, dança) da cidade têm gente que passou pela UnB ou pelo Dulcina. Essa presença da escola na produção é grande, deu uma base teórica maior e aumentou o número de espetáculos de qualidade na cidade. Apesar de já termos tido espetáculos de grande qualidade anteriormente, este é um momento em que essa qualidade aumentou.
Já é possível falar em pro- fissionalismo no teatro de Brasília?
­ Sim e há dois aspectos im- portantes em relação a isso, um favorável e outro desfavorável. O aspecto favorável é que existe mais gente dedicada exclusivamente à atividade teatral, podendo sobreviver dela. O mercado está muito maior. Depois que eu e Graziela Rodrigues montamos a escola Ensaio, teatro e dança, tivemos que fechá-la, porque não havia um número suficiente de alunos para mantê-la. Hoje, as provas específicas para o vestibular do Departamento de Artes Cênicas têm 250 candidatos para 15 vagas. O número de gente interessada nas artes cênicas aumentou muito.
Qual é o lado ruim dessa profissionalização?
­ As pessoas têm se profissio- nalizado muito cedo, mesmo antes de sair da universidade. Nós temos vários alunos que já se sentem e atuam como profissionais. Ouço muito dos meus alunos: "o meu trabalho, a minha linguagem". Como é que se tem um trabalho ou uma linguagem quando se está no início? Isso não existe. É preciso experimentar, se aprofundar para dizer que tem uma linha de trabalho. Outro problema é o fim do movimento de teatro amador. Atualmente, há poucos teatros amadores e isso é muito ruim para a evolução do teatro. É importante começar como amador. Teatro amador não é teatro mal feito, é teatro feito por amor.
O teatro amador só declinou em Brasília?
­ Não, isso aconteceu no país todo. Eu também participei da visão um pouco errônea que levou a isso. Quando nós criamos a Federação de Teatro Amador, que depois se transformou na Confederação de Teatro Amador, os festivais de teatro eram competitivos. Na época, os grupos montavam espetáculos só para participar dos festivais. Nós achávamos essa competição ruim, e, por isso, transformamos os festivais em mostras. Só que essas mostras, com o tempo, perderam a emoção promovida pelos festivais. Quando nós nos demos conta disso, era muito difícil retomar os festivais, principalmente porque entrávamos em uma época de desorganização da estrutura de apoio ao teatro, que culminou no fim do Serviço Nacional de Teatro e no esfacelamento da Fundação Nacional de Arte (Funarte) pelo governo Collor. Isso dificultou imensamente o retorno ao teatro amador.
No mês passado, um grupo de atores apresentou ao Congresso Nacional uma Lei do Teatro que propõe a criação de uma Secretaria Nacional do Teatro e estabelece incentivos fiscais para empresas interessadas em patrocinar atores e diretores. É esse o caminho?
­ Recentemente surgiu esse movimento de alguns atores "globais" ­ representantes de companhias já muito poderosas que desejam essa Secretaria Especial do Teatro ­ para ter uma lei baseada na Lei Rouanet, mas específica para o teatro, que facilite a essas companhias, basicamente de Rio e São Paulo, a consecução de patrocínio. Nacionalmente houve uma reação a essa proposta, que realmente atende a poucos. Boa parte do movimento de teatro do Brasil acredita que a Lei Rouanet tem problemas ­ não é o melhor processo de escolha para patrocínios ­, mas ela deve ser reformulada e deve continuar atendendo a um número maior de companhias.
Que tipo de reformulação beneficiaria um número maior de companhias?
­ O grande problema da política cultural nacional é a continuidade. Já tivemos uma quantidade imensa de projetos extremamente interessantes que ocorreram durante muito pouco tempo, pois acabam logo que muda o governo. É a famosa lei da terra arrasada. O governo que chega conquista o terreno, arrasa a terra e nada do que foi feito antes tem valor. O poder de destruição do governo Collor com relação à cultura foi extraordinário. Ele desorganizou o que estava organizado e não organizou absolutamente nada. Isso criou um vácuo de apoio e de políticas culturais imenso. Mas, antes e depois do Collor, todo o governo que assumiu destruiu tudo o que foi feito e, até ter outras idéias brilhantes ­ muito parecidas com as anteriores ­, demora. Só que o processo artístico é extremamente demorado. É preciso uma história grande para chegar a ter qualidade. Se há interrupção a todo o momento, cria-se um vácuo muito maior. Em Brasília, nós tivemos um grande avanço recentemente. Foi aprovada uma lei de incentivo para o Distrito Federal comparável a leis de outras capitais. Nós demoramos séculos para conseguir. Ela vai reforçar o Fundo de Arte e Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura, que vai nos permitir respirar um pouco mais, com uma verba maior.
Mas ainda é preciso sair da- qui para ser reconhecido na própria cidade.
­ Isso é terrível, mas é humano. A gente só dá valor às coisas que são reverenciadas externamente. É o famoso "santo de casa não faz milagre". Brasília não foge à regra de sempre dar valor ao que vem de fora. Nós temos um mercado extraordinário para espetáculos caça-níqueis. Basta ter um ator conhecido na televisão que as pessoas vão para vê-lo pessoalmente. E pagam o que for pedido. A renda per capita aqui é grande, então os ingressos são altíssimos. Obviamente, as generalizações são burras e existem espetáculos externos muito bem feitos. Mas, de fato, os artistas que já foram referendados acabam ganhando mais valor interno e, com isso, mais público.
O brasiliense é conhecido como um bom público de teatro?
­ Sim. Nós só amamos o que conhecemos. É possível desejar sem amor, mas só se ama quando conhece. E Brasília tem uma história muito interessante. Eu cheguei aqui nos anos 1970. Naquela época, havia um acordo diplomático entre o Itamaraty e as embaixadas que obrigava todo grupo estrangeiro que viesse se apresentar no Brasil a passar por Brasília. Então, nós tínhamos uma programação cultural extraordinária e o nosso público se habituou a ver bons espetáculos. Depois disso, durante o boom econômico da ditadura, apesar da censura horrorosa, o Estado tinha dinheiro. Eu, como assessor da Fundação Cultural, viajava por centros produtores, como Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, etc, selecionando os melhores espetáculos do Brasil. Nós dávamos transporte, estada e bilheteria para que esses grupos viessem se apresentar em Brasília. Além disso, os grupos amadores criaram uma grande movimentação em torno do teatro, pois as famílias acompanhavam o trabalho deles. Isso ajudou a criar um público que conhece a linguagem teatral. As companhias que vêem de fora sempre elogiam o público de Brasília. É um público que sabe ler o espetáculo, que compreende a estrutura e, por isso, recebe melhor a peça. A gente tem público para tudo: desde o que vai atrás do ídolo televisivo e paga ingressos monumentais até o que lota o festival internacional de teatro.
É possível viver de teatro por aqui? Há mercado?
­ Existe um mercado muito maior do que a gente imagina. Não usamos quase nada da possibilidade de atuação no mercado de artes cênicas. Por exemplo: há uma quantidade mínima de bons espetáculos para criança. Raramente se encontra um espetáculo que respeite a inteligência da criança em Brasília. É um mercado tão extraordinário que até produções muito fracas estão de casa cheia. Não falta campo, há possibilidades imensas.
O senhor acredita que, num mundo de superproduções cinematográficas e televisivas, ainda há espaço para o teatro?
­ Nada vai substituir o teatro, em tempo algum. Sempre se fala na possibilidade da morte do teatro. Falou-se muito nisso quando a televisão e o cinema surgiram, mas todo mundo continua indo ao teatro, porque a presença humana é insubstituível. Nem a holografia futuramente conseguirá fazer isso. O teatro não vai morrer nunca. Vai se modificar, evoluir, mas morrer não.

Existe em Brasília cada vez mais gente dedicada exclusivamente à atividade teatral,
podendo sobreviver dela. O mercado está muito maior Atores globais querem uma lei específica para o teatro, baseada na Lei Rouanet, que facilite a companhias, basicamente de Rio e São Paulo, a obtenção de patrocínios Em Brasília, nós tivemos um grande
avanço recentemente. Foi aprovada uma lei de incentivo para o Distrito Federal
comparável a leis de outras capitais

Perfil
João Antônio de Lima Esteves
professor-fundador do Departamento de Artes Cênicas do Instituto de Artes da Universidade de Brasília (UnB). Esteves inaugurou a primeira escola de teatro de Brasília, a Ensaio, teatro e dança, no final da década de 1970. A partir daí trabalhou no início de praticamente todas as escolas de teatro do Distrito Federal. Jornal do Brasil/RJ 03.05

“O estilo pode ser muito claro e muito alto. Tão claro que o entendam os que não sabem. E tão alto que tenham muito que entender os que sabem.” Padre Antônio Vieira

Cinema

Até 11/05 Curtas digitais de 90 segundos
Os Institutos Goethe do Brasil estão promovendo o concurso Eco-Curtas com o tema Hoje É Amanhã. O objetivo é coletar críticas, impressões e propostas sobre o consumo sustentável, a fim de estimular reflexão sobre o problema. Os filmes, em formato digital, precisam durar no máximo 90 segundos. O prêmio é um curso de alemão num Instituto Goethe da Alemanha. Inscrições até 11 de maio. Informações: www.goethe.de/brasilia. CorBr 25.05

Um drama brasileiro

O docudrama Serras da desordem conta, pelo ponto de vista de um sobrevivente, a história do massacre sofrido por uma etnia indígena. Variando as técnicas de registro documental para dar forma a uma ficção encenada pelos personagens que realmente viveram a história, o diretor, Andrea Tonacci, desmascara um drama brasileiro. CorBr 05/05

TERROR SUECO VENCE FESTIVAL TRIBECA, EM NY
Um
longa de terror adolescente vindo da Suécia ("Let the Right One In") foi escolhido o melhor filme do Festival de Cinema Tribeca, em Nova York, anteontem. Na categoria documentário, o vencedor foi o americano "Pray the Devil Back to Hell", que narra a história de uma pacifista na Libéria. Ambos superaram 11 finalistas e ganharam US$ 25 mil cada (cerca de R$ 42,2 mil). FSP 03.05

“Conhecer a diferença é aprender a respeitá-la.”

Adotem um local para expor esta resenha, seja no seu Condomínio, seja numa escolinha, mercearia, cabeleireiro, farmácia, açougue, padaria, sua própria casa, em fim qualquer lugar de acesso ao público. EQUIPE ENCONTRO CULTURAL

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NOTÍCIAS – CINEMA

Apostar na cultura pode ser um bom negócio.

05/05

FIM 05.05.2008 - Segunda

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