Leia, reflita e vivencie 05/05

Encontroculturaldf@hotmail.com

NOTÍCIAS – CINEMA – FRASES CULTURAIS

“Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.” Monteiro Lobato

Notícias

Países limitam venda de alimento

O estouro da bolha imobiliária dos Estados Unidos e a recessão enfrentada por aquele país, temas que até então atormentavam o mundo, tornaram-se assuntos secundários diante da forte alta dos preços dos alimentos, que começa a provocar convulsão social em vários países. A situação é tão grave, que uma onda de “protecionismo às avessas” está varrendo o planeta e chegou ontem ao Brasil. Os governos, sobretudo os de nações mais pobres, estão impedindo as exportações de alimentos ou impondo restrições para que os produtores priorizem o abastecimento dos mercados domésticos. O problema é que barreiras no comércio mundial de alimentos podem impulsionar ainda mais a alta dos produtos, agravando a crise que os analistas dizem ser a mais grave desde o início dos anos 1970, quando a escassez de comida elevou os preços de forma extraordinária.
Nas contas do Institute of International Finance (IIF), 12 países, incluindo o Brasil, anunciaram nos últimos dias barreiras à livre circulação de alimentos: Camboja, China, Índia, Filipinas, Indonésia, Vietnã, Argentina, Cazaquistão, Rússia, Ucrânia e Egito. Os produtos mais visados são o arroz — o Brasil suspendeu as vendas externas por pelo menos seis meses — e o trigo, base da fabricação das massas e do pãozinho. Ontem, a Argentina proibiu novamente os embarques do grão para o mercado brasileiro. A China optou por tabelar o preço do arroz. Já a Rússia reduziu drasticamente as exportações de trigo e a Índia, além de não permitir mais o embarque de arroz, cortou os impostos incidentes sobre a importação de petróleo e seus derivados. Tudo com o objetivo de controlar a inflação, que está saindo do controle. CorBr 24.10

“O estilo pode ser muito claro e muito alto. Tão claro que o entendam os que não sabem. E tão alto que tenham muito que entender os que sabem.” Padre Antônio Vieira

“O público do filme estrangeiro no Brasil até teve um pequeno crescimento (1,5%) no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2007. Mas a bilheteria dos títulos nacionais despencou nada menos que 24%. Pior: os índices, divulgados pelo portal especializado em mercado de cinema Filme B, atestam que o período registrou um único isolado entre as dez estréias nacionais — o longa Meu Nome não É Johnny.” CorBr 24.10

Cinema

Até 11/05 Curtas digitais de 90 segundos
Os Institutos Goethe do Brasil estão promovendo o concurso Eco-Curtas com o tema Hoje É Amanhã. O objetivo é coletar críticas, impressões e propostas sobre o consumo sustentável, a fim de estimular reflexão sobre o problema. Os filmes, em formato digital, precisam durar no máximo 90 segundos. O prêmio é um curso de alemão num Instituto Goethe da Alemanha. Inscrições até 11 de maio. Informações: www.goethe.de/brasilia. CorBr 25.05

02, 03 e 04/05 Festival Internacional de Filmes Curtíssimos – 2, 3 e 4 de maio – 10ª edição internacional, 1ª edição Nacional em Brasília – no Cine Brasília – e simultaneamente no mundo inteiro www.filmescurtissimos.com ou www.trescourt.com Corbr 23.04

Brasil vai disputar a Palma de Ouro
Quatro anos depois de competir pela Palma de Ouro com a produção internacional Diários de motocicleta, o brasileiro Walter Salles retorna este ano ao Festival de Cannes com um “pequeno filme” rodado em São Paulo. Co-dirigido por Daniela Thomas, parceira em Terra estrangeira (1996) e O primeiro dia (1998), Linha de passe disputará o principal prêmio da mostra francesa, realizada entre 14 e 25 de maio, com obras de autores como Clint Eastwood (Changeling), Wim Wenders (The Palermo shooting), Steven Soderbergh (Che) e os irmãos Luc e Jean-Pierre Dardenne (Le silence de Lorna). A estréia na direção do ator Matheus Nachtergaele, A dança da menina morta, integra a seleção paralela Um certo olhar.
Desenvolvido desde 2003, o filme de Salles e Thomas ainda se encontra em fase de finalização, em Los Angeles. A montagem foi encerrada há pouco tempo e, por problemas no corte de negativo, as cópias ficariam prontas em junho. Com o anúncio do festival, que avaliou uma cópia incompleta, o processo será acelerado. A equipe planeja uma exibição de emergência, em digital. A trama de Linha de passe, que retorna ao tema da ausência do pai (explorada por Salles em Central do Brasil e Terra estrangeira), entrelaça os dramas urbanos de quatro irmãos e uma mãe grávida.
“É com surpresa e alegria que recebi a notícia de nossa seleção na competição de Cannes”, comentou Salles, que dedicou a “vitória” aos jovens técnicos e atores do longa. “Formar uma família de atores e não-atores que nos dessem veracidade e frescor foi uma longa batalha que não poderíamos encarar sem o extraordinário trabalho de Fátima Toledo na preparação”, elogiou. Rodada “em movimento” nas ruas de São Paulo (“um grande desafio”, diz o cineasta), a produção teve, além das dificuldades financeiras, complicações que culminaram com acusação de plágio contra o roteirista João Emanuel Carneiro. Em 2006, ele teria se inspirado na história para compor personagens da novela Cobras e lagartos.
Eram grandes as expectativas da presença de brasileiros em Cannes. Mas as apostas se concentravam em Fernando Meirelles, que prepara Blindness, inspirado no livro Ensaio sobre a cegueira, do português José Saramago. Contra as previsões da revista Variety, o diretor de Cidade de Deus ficou de fora até das sessões especiais. Salles comemora uma escalação dupla, já que produz o argentino Leonera, de Pablo Trapero, também na competição (ao lado de La mujer sin cabeza, de Lucrécia Martel). Na programação paralela serão exibidos o novo episódio das aventuras de Indiana Jones, de Steven Spielberg, a animação Kung-fu panda (da Dreamworks) e o documentário Maradona, de Emir Kusturica, sobre a vida do jogador argentino. CorBr 24.10

“Conhecer a diferença é aprender a respeitá-la.”

Adotem um local para expor esta resenha, seja no seu Condomínio, seja numa escolinha, mercearia, cabeleireiro, farmácia, açougue, padaria, sua própria casa, em fim qualquer lugar de acesso ao público. EQUIPE ENCONTRO CULTURAL

Dia da Terra: o planeta não precisa ser salvo

por Dal Marcondes

No Dia da Terra, 22 de abril, devemos fazer uma reflexão sobre uma frase muito em moda ultimamente: “É preciso salvar a Terra”. Mas, salvá-la de que? Porque a Terra está em risco? E ela está em risco?

Não é preciso salvar a Terra, ela tem se virado bem nos últimos bilhões de anos. Recebeu de presente uma Lua linda, que brilha no céu noturno como uma jóia, ganhou o manto dos mares e estendeu a influência da vida por todos os seus vales e montanhas.

A Terra já viu a vida surgir e florescer diversas vezes. Já alimentou criaturas imensas e microscópicas, e garantiu espaços a todos. Mas também esta mesma Terra farta em vida já viu a morte de quase todos os seus filhos. Já assistiu suas florestas queimando e o desespero dos seres em seus campos e mares.

A Terra sobreviveu a tudo isto. E a muito mais do que sabemos ou podemos imaginar. A vida mudou, se transformou, cresceu e diminuiu, mas a Terra nunca precisou ser salva. As espécies sim, morreram, deixaram para trás apenas vestígios de sua passagem pelo planeta durante milhões de anos.

Hoje, ao abastecer nossos carros, queimamos o que restou de milhões de espécies que andaram sobre a Terra. O petróleo, o carvão mineral e o gás natural são restos de seres que viveram na Terra milhões de anos atrás. A Terra os guardou e transformou para que as espécies de agora pudessem ter mais este presente.

O que precisa ser salvo não é a Terra, mas sim a humanidade, que não sabe como viver na Terra, que está destruindo seu próprio habitat sem nenhuma complacência com o futuro. A Terra se preparou por milhões de anos para receber a humanidade. Em menos de 200 anos a humanidade conseguiu corromper toda a teia que sustenta a vida no planeta. O mundo de 1800 era quase intocado se comparado ao mundo de 2000.

Como a humanidade vai caminhar para o futuro é uma dúvida que deveria estar presente em todas as mentes. Como a Terra vai enfrentar o futuro é um certeza: ela vai oferecer seu alimento e sua proteção a outras espécies, novas, que vão crescer e multiplicar.

No Dia da Terra deve-se comemorar tudo o que o Planeta dá aos seus habitantes. E lembrar que é uma imensa bobagem imaginar que a Terra precisa ser salva.

Encontroculturaldf@hotmail.com

NOTÍCIAS – CINEMA

Apostar na cultura pode ser um bom negócio.

05/05

FIM 25.04.2008 - Sexta