Leia, reflita e vivencie 05/05
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NOTÍCIAS – CINEMA – FRASES CULTURAIS
“Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.” Monteiro Lobato
Notícias
ARTES NOS EUA: COMÉRCIO DE OBRAS FALSAS É DESCOBERTO
Os EUA indiciaram na quarta-feira sete pessoas pela produção e venda de imagens falsas de artistas como Pablo Picasso, Joan Miró, Marc Chagall, Salvador Dalí e outros. Algumas das obras, que continham assinaturas forjadas dos artistas e até mesmo falsos certificados de autenticidade, chegavam a ser vendidas por até US$ 50 mil cada em galerias, exposições de arte e pelo site de leilões eBay. FSP 23.03
Milton emociona em encontro com Jobim
Há frescor evidente no encontro musical de Milton Nascimento com a obra magnífica de Tom Jobim. Se isso está transparente no disco Novas bossas, que acaba de chegar às lojas, fica explícito e pulsante no palco. A emoção nas interpretações de standards, como Chega de saudade e Samba de avião, revigora-se na voz de Milton Nascimento, sempre afeita a acolher timbres e fonemas com sentimento acima da técnica. CorBr 21.03
Renoir vê a história pela porta dos fundos
Jean Renoir trafega pela história como se andasse por uma rua do seu bairro ou pelo quintal da sua casa. A prova dessa singular desenvoltura está em dois belos filmes que chegam ao DVD: "A Marselhesa - Uma Crônica da Revolução Francesa" (1937) e "A Carruagem de Ouro" (1953).
O primeiro, realizado na fase de maior engajamento político do cineasta e financiado pela principal central sindical da França, aborda um momento crucial da Revolução Francesa, a deposição do rei Luís 16, no ano de 1972.
O ponto de vista adotado, tanto em termos narrativos como políticos, é o de um grupo de voluntários marselheses que marcham para Paris levando um ultimato ao vacilante rei, então ligado à forças contra-revolucionárias austríacas.
É a grande história vista pela porta dos fundos, pelo dia-a-dia dos "sans-culottes", dos camponeses, pedreiros, domésticas e pescadores, com seu humor, seus sonhos, sua sensualidade, sua humanidade irredutível.
Na narrativa de Renoir, equilibrada entre o realismo e a fantasia, o próprio rei é mostrado de pijama, sem pompa ou cerimônia, e tão importante quanto os fatos palacianos é a introdução do tomate na culinária parisiense pelos marselheses. Uol Notícias 16.03
Obra de Amado foi acusada de populista e conservadora
O fato de ter sido o escritor brasileiro mais conhecido mundo afora e o mais vendido e popular aqui não bastou para que se produzisse uma unanimidade crítica a favor de Jorge Amado em seu próprio país. Muito pelo contrário.
Traduzido para dezenas de línguas e um dos primeiros a chegar a países do Leste Europeu, à China e à ex-União Soviética -por sua filiação ao stalinismo e ao comunismo, durante a primeira fase da carreira-, Amado foi bastante contestado no Brasil.
Nos anos 70, enquanto parte da intelectualidade de esquerda elogiava as mensagens políticas de seus livros, outra o condenava por apaziguar as diferenças sociais do Brasil, ao elogiar uma mestiçagem mansa, a sensualidade "cravo e canela", a promiscuidade sem conflito de classes (vide seus coronéis e prostitutas) e promover a glamourização da pobreza.
Hoje, porém, é o tom de condescendência que prevalece. A professora titular de teoria literária da USP Walnice Nogueira Galvão, por exemplo, que em seu livro "Saco de Gatos" (1976) acusava o progressismo de Amado de ser populista e sexista, agora prefere reforçar sua importância como "um luminar" do regionalismo.
"Depois dele, cresceu no Brasil a importância da literatura metropolitana, que predomina até hoje. Dessa vertente, o novo luminar seria o Rubem Fonseca", disse à Folha.
Ela ainda identifica influências amadianas nos atuais romances urbanos: "Coisas marcantes na sua obra e que se vêem hoje são a crueza, o hiper-realismo e o relevo do baixo corporal", conclui.
O escritor Milton Hatoum, que assina o novo posfácio de "Capitães da Areia", acha que o preconceito com relação a escritores regionais como Amado "era forte, mas se apagou". "Ou os leitores o derrotaram. Amado é ainda o nosso autor mais lido. Algumas críticas à linguagem e à composição dos romances são válidas. Mas são raros os romances perfeitos. Quem tentou desqualificar a prosa de Amado se danou." FSP 16.03
“O estilo pode ser muito claro e muito alto. Tão claro que o entendam os que não sabem. E tão alto que tenham muito que entender os que sabem.” Padre Antônio Vieira
Cinema
“Conhecer a diferença é aprender a respeitá-la.”
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NOTÍCIAS – CINEMA
05/05
FIM 23.03.2008 - Domingo
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