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Leia, Reflita e Vivencie
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Mãos dadas
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Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
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Drummond
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Encontro Cultural
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Domingo, 25 de abril de 2010
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Dia 07 de maio
122 anos da abolição da escravatura no Brasil.
Fonte: Oficina Lietrária - Revista Cult
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25/04 - Projeto Todos os Sons – Domingo – JARDINS CCBB – 61. 3310-7087
De abril a setembro, o CCBB apresenta a quinta edição do projeto Todos os Sons – Domingo CCBB. Esse ano em que se comemora os 50 anos de Brasília os espetáculos abordam a riqueza e a diversidade musical da cidade através do talento de alguns de seus maiores instrumentistas e compositores. Com concertos que acontecerão nos últimos domingos de cada mês, o projeto começa em 25 de abril reunindo alguns craques da música instrumental candanga: Oswaldo Amorim, Paulo André Tavares, Leander Motta, Daniel Santiago, André Vasconcellos, Gabriel Grossi, Márcio Bahia e Hamilton de Holanda, além de outros músicos convidados.
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25/04 Teatro - Churrasco do Tatu - TEATRO NACIONAL
Dia 25 de abril, às 9h, apresentação do espetáculo Churrasco do Tatu, no Buraco do Tatu. Classificação indicativa livre e entrada franca. A peça faz parte da pesquisa Serpentes que Fumam - uma experiência teatral audaciosa realizada pela Andaime Companhia de Teatro, com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do DF e do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz. O grupo estará em espaços urbanos - da Torre de TV ao cartório da Asa Sul - com apresentações que levarão o público a refletir desde as relações humanas, passando pela concepção da imagem feminina, até a apropriação de espaços públicos. Maiores informações: 9964-8825 (produção), 9242-2481 e 9815-2087 (imprensa) e http://serpentesquefumam.blogspot.com
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25/04 Vegetarianismo - Verdades e mitos. Com o professor Douglas Moreira, mestre em nutrição humana pela UnB. Em 25 deste mês, às 19h30. Local: SGAN 914, Lote B. Informações: 3272-0848.
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25/04 Escola de Músicos apresenta recital em Goiás . Às 10 horas, no Teatro São Joaquim na cidade de Goiás, com entrada fraca. (62) 3371-2038
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Até 02/05 - Teatro – “As Coisas” - CCBB
As Coisas é um espetáculo que mistura teatro de animação, música e artes visuais. No palco, coisas, coisas, muitas coisas. Uma divertida banda de rock, uma boneca falante e uma professorinha nariguda apresentam poemas de Arnaldo Antunes, musicados, narrados e encenados com o suporte de diferentes técnicas de animação, pela Cia Teatro Portátil. Sextas, às 16h | Sábados e domingos, às 16h e 18h (domingo, dia 25, às 15h e 16h30)
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Até 25/04 Exposição - Anita Malfatti – 120 anos de nascimento - CCBB
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Até 25/04 Teatro - A BELA ADORMECIDA - Escola Parque (307 sul) - Sábados e domingos, às 17h. Companhia: Cia Teatral Néia e Nando. Ingressos: R$ 30 e R$ (meia).
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Até 25/04 2º Festival Nacional de Teatro de Goiânia - O evento contará com 15 espetáculos – 9 deles na mostra competitiva –, que serão a atração em três locais da capital (além do Goiânia Ouro, também estão no roteiro o Centro Cultural Martim Cererê e o Teatro da Liberdade, na Rua do Lazer, que será inaugurado durante o festival).
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Até 25/04 XXX Encontro Regional dos Estudantes de Serviço Social - De
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Até 25/04 XXX Encontro Regional dos Estudantes de Serviço Social - O www.ucb-cass.blogspot.com
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MAIS EVENTOS????
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“Incentivar a cultura é investir na liberdade, é dotar cada cidadã e cada cidadão de mais ferramentas para que se desenvolvam individualmente.”
ÁNGELES GONZÁLEZ-SINDE REIG , roteirista e diretora de filmes, é ministra da Cultura da Espanha.
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FERREIRA GULLAR
FSP 25/04
Primeiro aninho
Viver em Brasília não era mole; nosso único divertimento era ver subir e descer os aviões |
BRASÍLIA COMPLETA 50 anos de existência, mas pouca gente sabe que fui um dos organizadores da festa de seu primeiro aniversário. É que tinha sido convidado por Paulo de Tarso, o primeiro prefeito da cidade, a presidir a Fundação Cultural.
Aceitei o convite porque Brasília era uma coisa nova e instigante e também por ajudar-me a sair do impasse em que me encontrava: perdera o entusiasmo pelas experiências neoconcretas e não sabia que rumo tomar.
Tomei o avião que me levaria à nova capital e nele, por coincidência, ia o jornalista Raimundo Souza Dantas, convidado para ser oficial de gabinete do presidente Jânio Quadros. Soube, depois, como surgiu o convite. Jânio perguntara a José Aparecido de Oliveira, seu secretário particular, se conhecia um negro que pudesse trabalhar no gabinete presidencial. "Conheço", respondeu Aparecido. "Mas negro retinto?" "Sim, presidente, retinto." E Jânio: "Chame-o, quero-o ao meu lado".
Raimundo Souza Dantas não só era negro retinto como também distinto e terminaria embaixador em Gana. A notícia despertou tal entusiasmo que, quando ele voltou ao Rio de Janeiro, foi recebido no Galeão pela batucada de ritmistas das escolas de samba. Temendo que sua nomeação fosse rejeitada pelo Senado, pôs um revólver na sua mesa de cabeceira para fazer uso dele e livrar-se de um possível vexame. Não foi preciso.
Viver em Brasília, naquela época, não era mole não. O vento erguia nuvens de poeira -um talco vermelho que tisnava nosso rosto e nossas roupas. Não havia transporte coletivo. Eu me valia do carro da fundação. Nosso único divertimento era ir ao aeroporto ver subir e descer os aviões. Por isso, quando um grupo de teatro rebolado, do Rio, me telefonou propondo apresentar-se na cidade, topei sem hesitar.
O Teatro Nacional era, então, apenas uma casca de concreto, sem nada dentro. Como esperávamos apresentar, ali, em breve, um espetáculo de Jean-Louis Barrault, improvisáramos um palco e uma plateia para viabilizar a temporada. Antes de Barrault, chegou o grupo carioca, cujo espetáculo se chamava "O Cão Chupando Manga". Ao assistir a um de seus ensaios, assustei-me com a licenciosidade das falas e das cenas e mais ainda quando passei a receber pedidos de altas autoridades para reservar-lhes ingressos a elas e suas famílias.
No dia seguinte à estreia, tal foi a indignação dos convidados que o presidente Jânio Quadros enviou um bilhete ao prefeito mandando tirar o espetáculo de cartaz. Quando os jornalistas me procuraram, declarei que não o faria, já que não era censor. Isso gerou uma crise que foi superada por um fato inesperado: o grupo fugira da cidade sem pagar-nos o aluguel do teatro.
Dias depois, o prefeito me chamava ao seu gabinete para tratar da comemoração do primeiro aniversário de Brasília. Na parte cultural, que a mim cabia, programei uma exposição do acervo do Museu de Arte de São Paulo, uma temporada do Teatro de Arena e um desfile da escola de samba Estação Primeira de Mangueira.
Os dois primeiros eventos não implicavam maiores problemas, mas o desfile da Mangueira, sim, a começar pelo número de sambistas que teríamos que transportar até Brasília. Felizmente, a Aeronáutica se dispôs a colaborar, pondo à nossa disposição um avião onde caberiam umas cem pessoas. Não era o ideal, mas dava para animar a festa, sobretudo porque, ao contrário dos outros eventos, este seria na rua, com participação dos funcionários todos e dos candangos que trabalhavam na construção da cidade.
Mal saiu na imprensa a notícia do desfile, meu gabinete se encheu de funcionários dos mais diversos órgãos públicos: eram mangueirenses que haviam sido transferidos para lá e queriam desfilar na sua escola. Desfilaram. Foi o grande acontecimento do aniversário da cidade. Era tanta gente que o prefeito quase não conseguiu chegar ao palanque.
Mas preparar as comemorações não foi fácil porque, naquela época, para conseguir um prego era preciso atravessar a cidade inteira. Um major do exército, para nos ajudar, definiu a situação: "O problema, doutor Gullar, é viatura e gasolina".
Passado o sufoco, fiz uma "embolada" que cantei numa festa na casa do prefeito:
"Não adianta, seu prefeito, abrir estrada
Não adianta carnaval na Esplanada
Não adianta superquadra sem esquina,
Catedral de perna fina/ Rebolado de menina
Que o problema é/ Viatura e gasolina."
Meses depois, Jânio Quadros renunciava e eu voltava ao Rio já com outra cabeça: trocara a vanguarda artística pelo engajamento político.
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(Academia de Tênis José Farani, SCES, Tc. 4; 3316 6373)
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Sala 1, A estrada. Amanhã e domingo. Sala 2, Hanami — Cerejeiras em flor. Sala 3, Chico Xavier. Sala 4, Sonhos roubados. Sala 5, O segredo dos seus olhos. Sala 7, Criação. Sala 8, Um homem sério. Sala 9, Vidas que se cruzam. Sala 9, À moda da casa. Sala 10, Mary e Max. Sala 10, Utopia e barbárie. Sala 10, Mais que o máximo.___
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Fonte: Correioweb.com.br 23/04 até 29/04
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